SESI Qualidade de Vida no Trabalho: o Grau de Flexibilidade de Quadril Atrelado a Frequencia na Ginástica Laboral em Trabalhadores de uma Indústria em Foz do Iguaçu

Daiane Neves de Souza, Eduardo Márcio Zaro

A Ginástica Laboral surgiu como profilaxia contra os problemas causados por distúrbios osteomusculares, relacionados ao trabalho. Trabalhadores que passam maior parte do tempo sentado tem um aumento na pressão dos discos, coxas e nádegas, acrescido de uma postura inadequada, surge problemas físicos, fadiga e dores lombares. Pesquisadores suspeitam que esse mal tenha uma estreita relação com o encurtamento gradual da musculatura posterior da coxa - os isquiotibiais, como consequências inclinam para frente o segmento lombar da coluna vertebral, imposto pelo uso excessivo da cadeira. A flexibilidade de quadril possibilita maior mobilidade diminuindo o risco de afastamentos por lesões, aumentado a amplitude e qualidade do movimento bem como uma melhora da postura corporal e autonomia nas atividades da vida diária. A ginástica laboral tem um papel importantíssimo, pois visa compensar as estruturas mais utilizadas, alongando, relaxando, tonificando e ativando as que não são tão requeridas. O objetivo deste estudo de caráter experimental foi correlacionar a frequência nas aulas de ginástica laboral com o nível de flexibilidade de quadril dos trabalhadores da indústria, que realizam suas atividades sentados. Foi realizado um monitoramento da frequência anual, e aulas de alongamento 3x por semana, com duração de 15 minutos, diversos tipos de alongamentos (MS e MI), e ao final a avaliação da flexibilidade de quadril, o método utilizado foi o teste sentar e alcançar. Participaram da amostra 123 trabalhadores, 92 homens e 31 mulheres. Os trabalhadores foram divididos em 3 grupos: A - 41 indivíduos que obtiveram 70% á 100% da frequência anual na ginástica laboral; B   –

41 indivíduos obtiveram até 40% da frequência e C – 41 indivíduos que não participaram da ginástica laboral, no entanto realizaram a avaliação da flexibilidade de quadril. Para análise dos resultados foi utilizado estatística descritiva, utilizando a média e desvio padrão. A amostra teve como resultado: grupo A – idade (anos) de 40,48 ± 9,56, flexibilidade da cadeia posterior (cm) 27,21 ±10,62, sendo a média 63,41%; Grupo B idade (anos) de 40,00 ± 9,76, flexibilidade da cadeia posterior (cm) 26,60 ± 7,49 sendo a média 53,66%; Grupo C idade (anos) de 39,84 ± 10,15, flexibilidade da cadeia posterior (cm) 17,45 ± 6,21 sendo a média de 17,07%. Ao final da análise, concluiu-se que o Grupo A apresentou nível de flexibilidade superior ao do Grupo B e C. Supomos que a assiduidade na ginástica laboral pode contribuir para melhora da flexibilidade de quadril. Faz-se necessário um levantamento de dados a cerca do estilo de vida dos trabalhadores, a fim de verificar se os indivíduos mais ativos obtiveram melhores índices de flexibilidade.
 
Referências 
LIMA, V. Ginástica Laboral: atividade física no ambiente de trabalho. 3ª. ed. São Paulo: Phorte, 2007.
NAHAS, M.V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 2ª. ed. Londrina: Midiograf, 2001.
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